Não há placas indicativas ou qualquer tipo de sinalização. Sem a ajuda de um “local” ou de alguém que conhece bem a área, é quase impossível chegar lá. Até porque o acesso é restrito.
Para chegar lá, é preciso passar por um caminho de pedras e rodeado pelo verde. Já havia percorrido esse trajeto uma dezena de vezes rumo às praias no extremo sul do litoral pernambucano e às que ficam na divisa com Alagoas.
Esse ponto destoa completamente da paisagem do resto da viagem. Aqui sim há indicações de onde estamos. É a Reserva Biológica de Saltinho, em Tamandaré (PE), às margens da PE-76. Foi criada em 1983 como forma de preservar a fauna e a flora desse pedacinho de Mata Atlântica.
E uma das riquezas do lugar é uma queda d’água de aproximadamente 10 metros de altura. Uma abertura discreta na cerca que rodeia a reserva é a porta para um espetáculo de sensações.
O cheiro do verde e o som da água correndo às pressas fazem o convite para que sigamos adiante. Poucos passos mata a dentro nos conduzem a até então desconhecida para mim Cachoeira Bulha D’Água (não sabe o que é bulha? Descubra aqui).
No começo, o deslumbramento com o cenário. Depois, surge a vontade de experimentar. O primeiro contato da pele com a água é difícil. A temperatura média é de 15ºC. Mas nada que um “banho de cabeça” não faça desaparecer a vontade de desistir.
Por fim, a melhor das sensações. A força da água sobre o corpo, uma massagem da natureza. E um só pensamento, no melhor estilo Fábio Júnior: “Demorei muito pra te encontrar…”